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Política - Guerra

Façamos a guerra!

Gastos militares ultrapassam o PIB brasileiro

 

“Se queres a paz, prepara-te para a guerra!”. A frase, atribuída ao autor romano Flávio Vegécio, que viveu entre os séculos IV e V da nossa era, está sendo seguida por muitos países mundo afora.

Levantamento recente mostra que, em 2023, o gasto militar global atingiu o maior patamar da História Moderna, com exceção das duas grandes guerras mundiais do século 20. No ano passado, os países gastaram um pouco mais do que um PIB do Brasil em defesa. Em 2022, o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro foi de R$ 10,1 trilhões. Parece muito dinheiro, não? E é muito dinheiro!! Esses dez trilhões são a soma de tudo que o Brasil produziu, em 2022. E a comunidade internacional gastou mais do que isso em investimentos na área militar. E mesmo assim, parece não ser o bastante!

Qual o recado que a sociedade humana passa, quando investe mais dinheiro em equipamentos militares que os gastos para o combate à fome, no mundo?

Segundo dados do Instituto de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês), bastaria que o mundo voltasse aos níveis de gastos com armas de 2010 para disponibilizar 138 bilhões de dólares para o combate à fome, quase duplicando os recursos que os países da OCDE investiram em 2021 para o desenvolvimento. Mas quem pensa em reduzir gastos com defesa, em um mundo onde guerras pipocam aqui e ali?

E o investimento na guerra não para! Recentemente, a Rússia usou um míssil hipersônico para atacar alvos na Ucrânia. Nove vezes mais rápido que o som, este tipo de míssil é praticamente impossível de ser interceptado. Além disso, fontes do governo americano acusam os russos de preparar uma mega arma nuclear antissatélite, com capacidade de atingir satélites de outros países.

Realmente, chega a ser impressionante que a humanidade consiga, por exemplo, levar o homem à lua, montar uma estação espacial, investir trilhões de reais em gastos militares e não consiga acabar com a fome ou erradicar a pobreza. É tão difícil escolher entre a vida e a morte? Entre a paz e a guerra?

Parece bem claro que é uma questão de prioridades. A prioridade dos países ricos e desenvolvidos é manter seu poderio militar e econômico, mantendo e ampliando sua influência ao redor do planeta. Que importa, se há milhões que não têm o que comer? Vamos construir muros e reforçar nossa máquina militar para impedir que os bárbaros, pagãos e selvagens invadam o nosso paraíso particular, onde tudo é lindo e maravilhoso!

Façamos a guerra!! Vamos impedir que nossos irmãos menos afortunados venham desfrutar de uma qualidade de vida digna!! Até quando o homem vai estar mais preocupado em destruir do que construir a vida? Um dia, a conta vai chegar!! Reflitamos sobre isso, antes que seja tarde.

 

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