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Fala Dr. - Laranja e Roxo

Fevereiro Roxo e Laranja

Saiba um pouco sobre as doenças representadas pelas cores: sintomas, diagnóstico e tratamento

 

Fevereiro é o mês da conscientização sobre várias doenças por meio da campanha Fevereiro Roxo e Laranja. Esta iniciativa visa informar e alertar sobre circunstâncias que afetam milhões de pessoas em todo o mundo, destacando a importância do diagnóstico precoce, do tratamento adequado e do apoio à pesquisa científica. Neste contexto, destacam-se o Lúpus, a Fibromialgia e o Alzheimer, representados pela cor roxa, e a Leucemia, associada à cor laranja.

Conhecendo as Doenças Roxas

Lúpus:

O Lúpus é uma doença autoimune que pode afetar diferentes órgãos do corpo, causando inflamação e danos. Seus sintomas variam amplamente, desde fadiga e febre até dores articulares e lesões na pele. O diagnóstico precoce é fundamental para controlar a progressão da doença, mas o Lúpus não tem cura. No entanto, o tratamento adequado pode aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), cerca de 65 mil pessoas no Brasil, têm Lúpus, sendo a maioria mulheres. A doença inflamatória é a principal causa de internação hospitalar, entre as doenças reumáticas. Os sintomas na pele são comuns para quem sofre com a doença. O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), como é conhecido entre os profissionais da saúde, ou simplesmente Lúpus, pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, raça ou sexo, mas apresenta uma incidência maior nas mulheres, principalmente entre os 15 e 45 anos. Nos homens, a doença está relacionada diretamente aos rins.

Doutor Franco Krüger (CRM/SC 15126), Nefrologista da Fundação Pró-Rim – Santa Catarina (https://www.prorim.org.br), explica que "o Lúpus afeta os rins devido ao desequilíbrio na produção de anticorpos responsáveis pela proteína do próprio organismo, e causam a inflamação do tecido renal, levando à fibrose e à interrupção de seu funcionamento. As manifestações mais comuns são inchaço nas pernas, urina espumosa, pressão alta e diminuição da quantidade de urina."

Fibromialgia:

A Fibromialgia é caracterizada por dores musculares generalizadas, fadiga, distúrbios do sono e sensibilidade, em pontos específicos do corpo. Seus sintomas podem ser confundidos com outras condições, tornando o diagnóstico um desafio. Embora não haja cura para a Fibromialgia, o tratamento visa aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida da paciente, por meio de medicamentos, terapias e mudanças no estilo de vida.

A Sociedade Brasileira de Reumatologia (https://www.reumatologia.org.br) afirma que a principal hipótese sobre a causa da Fibromialgia é que pacientes com FM apresentam uma alteração da percepção da sensação de dor. A FM é bastante comum, afetando 2,5% da população mundial, sem diferenças entre nacionalidades ou condições socioeconômicas. Geralmente, afeta mais mulheres do que homens e aparece entre 30 e 50 anos de idade.

Alzheimer:

O Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais. A doença instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. Surgem, então, fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles. Como consequência dessa toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.

No Brasil, centros de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) oferecem tratamento multidisciplinar integral e gratuito para pacientes com Alzheimer, além de medicamentos que ajudam a retardar a evolução dos sintomas. Os cuidados dedicados às pessoas com Alzheimer, porém, devem ocorrer em tempo integral. Cuidadores, enfermeiras, outros profissionais e familiares, mesmo fora do ambiente dos centros de referência, hospitais e clínicas, podem encarregar-se de detalhes relativos à alimentação, ambiente e outros aspectos que podem elevar a qualidade de vida dos pacientes.

Os estágios da Doença de Alzheimer costumam ser divididos em quatro: inicial, moderado, grave e terminal. O primeiro sintoma, e o mais característico, do Mal de Alzheimer é a perda de memória recente. Com a progressão da doença, vão aparecendo sintomas mais graves como, a perda de memória remota (ou seja, dos fatos mais antigos), bem como irritabilidade, falhas na linguagem, prejuízo na capacidade de se orientar no espaço e no tempo.

Os fatores de risco para o Alzheimer incluem idade avançada e história familiar da doença. A prevenção do Alzheimer ainda não possui uma forma específica, mas manter a mente ativa, uma boa vida social e hábitos saudáveis podem retardar ou até mesmo inibir a manifestação da doença. O diagnóstico da Doença de Alzheimer é por exclusão, com avaliação cuidadosa do estado mental para identificar os déficits de memória, de linguagem, além de visoespaciais, que é a percepção de espaço.

Desvendando a doença Laranja

Leucemia:

A Leucemia é um tipo de câncer que afeta as células do sangue e da medula óssea, levando à produção descontrolada de células sanguíneas anormais. Seus sintomas incluem fadiga, palidez, infecções frequentes, sangramentos e hematomas. O diagnóstico precoce é essencial para o sucesso do tratamento, que pode incluir quimioterapia, radioterapia, terapia alvo e transplante de células-tronco. A cura para a Leucemia depende do tipo e do estágio da doença, mas muitos pacientes conseguem viver com a doença controlada por muitos anos.

A medula óssea é responsável pela produção de células sanguíneas e está localizada no centro dos ossos. Quando uma célula sanguínea ainda não amadurecida sofre uma mutação genética, ela se transforma em uma célula cancerosa. Essas células anormais multiplicam-se rapidamente e têm menor taxa de morte do que as células sanguíneas normais, substituindo gradualmente as células saudáveis da medula óssea.

Existem diferentes tipos de Leucemia, classificados de acordo com a velocidade de crescimento (aguda ou crônica) e o tipo de célula afetada (linfoides ou mieloides). Entre os principais tipos, destacam-se:

Leucemia Linfoide Aguda (LLA): Mais comum em crianças, apresenta um desenvolvimento rápido.

Leucemia Linfoide Crônica (LLC): Afeta principalmente adultos, com um crescimento mais lento.

Leucemia Mieloide Aguda (LMA): O tipo mais comum em adultos, com um desenvolvimento muito rápido.

Leucemia Mieloide Crônica (LMC): Caracteriza-se pela produção excessiva de glóbulos brancos e uma evolução lenta, afetando principalmente pessoas idosas.

Além disso, a Leucemia pode ser causada por vários fatores de risco, como tabagismo, exposição a benzeno, radiação ionizante, quimioterapia, entre outros. No entanto, em muitos casos, a causa da Leucemia ainda não é conhecida.

Os sintomas da Leucemia podem incluir fadiga, falta de ar, infecções frequentes, febre, perda de peso inexplicável, inchaço dos gânglios linfáticos, dores nos ossos e articulações, entre outros. O diagnóstico precoce é essencial para um tratamento eficaz, que geralmente envolve quimioterapia, transplante de medula óssea e outras terapias específicas para cada tipo de Leucemia.

No Brasil, a estimativa é de cerca de 11.540 novos casos de Leucemia por ano, sendo 6.250 em homens, e 5.290 em mulheres. O diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais para melhorar em as chances de cura e qualidade de vida dos pacientes.

Após o tratamento, é importante manter um acompanhamento médico regular para monitorar a resposta ao tratamento, detectar recidivas e gerenciar possíveis efeitos colaterais. A conscientização sobre a Leucemia é essencial para promover a prevenção, o diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento adequado.

Conscientização e ação: o papel de cada um

A campanha Fevereiro Roxo e Laranja lembra-nos da importância de estarmos informados sobre essas doenças e de promovermos a conscientização sobre em nossa comunidade. Buscar conhecimento, apoiar pesquisas e oferecer apoio a quem enfrenta essas condições são passos fundamentais para melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas, e contribuir para avanços no tratamento e na cura dessas enfermidades.

É essencial que todos sejam agentes ativos na disseminação de informações precisas e no apoio às iniciativas de combate a essas doenças. Juntos, podemos fazer a diferença na vida de milhões de pessoas, em todo o mundo.

Fontes: Organização Mundial da Saúde, Associação Brasileira de Lupus, Sociedade Brasileira de Reumatologia, Alzheimer's Association, Instituto Nacional de Câncer (INCA), Fundação Pró-Rim – Santa Catarina.

 

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