Saúde - Teste do Olhinho

A importância do teste do olhinho, na saúde ocular infantil

Exame oftalmológico fundamental na detecção precoce de doenças oculares em recém-nascidos e crianças

 

A primeira consulta oftalmológica que deve ser realizada na maternidade, antes do bebê receber alta hospitalar, é o "Teste do Olhinho". Este teste, que verifica o reflexo vermelho sadio dos olhos, é fundamental para detectar precocemente doenças oculares, como catarata congênita, doenças inflamatórias intraoculares, glaucoma congênito ou tumores oculares, sendo o retinoblastoma o mais comum.

Além do Teste do Olhinho, a foto com flashes também é um instrumento eficaz para verificar o reflexo vermelho. É importante ressaltar que este teste é obrigatório, tanto na rede pública quanto no particular. Caso haja alguma dúvida, é recomendável procurar um oftalmologista nos primeiros 30 dias de vida do bebê, pois a visão forma-se principalmente nos dois primeiros anos de vida, com 90% dela desenvolvida até os 7 anos e os 10% restantes até os 11 anos.

Até os 2 ou 3 anos de idade, a criança raramente consegue informar o que está enxergando. Para medir a acuidade visual nessa faixa etária, são utilizados Cartões de Teller e o PVE (Potencial Visual Evocado). Em casa, os pais devem observar se a criança segue objetos (podendo fazer o teste com um brinquedo de que ela goste) ou se ela fica irritada ou chora quando um olho é ocluído (tapado).

Crianças com visão mais baixa em um dos olhos devem ter acompanhamento oftalmológico, para que seja diagnosticada a causa e iniciado o tratamento o quanto antes. Uma preocupação frequente entre os pais é se o bebê tem olho torto (estrabismo). Na maioria dos casos, trata-se de um falso estrabismo, em que a prega nasal é larga devido ao osso do nariz ainda não ter crescido. Em caso de dúvida, é recomendável procurar um oftalmologista.

Recomenda-se levar a criança para consultas oftalmológicas de rotina pelo menos aos 3, 5 e durante a fase escolar. Crianças que usam óculos devem comparecer ao oftalmologista a cada 6 meses durante o estirão de crescimento, pois nesta fase, o grau pode mudar com maior rapidez.

Crianças e Telas Digitais:

A Sociedade de Pediatria recomenda:

Até os 2 anos: não usar;

Dos 2 aos 5 anos: 1 hora por dia;

Dos 6 aos 10 anos: 2 horas por dia;

Dos 11 aos 18 anos: 3 horas por dia.

Crianças até os 2 anos de idade não devem usar telas digitais. O uso excessivo de telas leva a um entretenimento passivo, não estimulando a formação de novas conexões cerebrais, o que pode atrapalhar o desenvolvimento infantil e causar transtornos como ansiedade, aumento da impulsividade, diminuição da habilidade de regulação das próprias emoções, problemas de aprendizagem e de visão, além de dificuldade para dormir e afetar as interações pessoais.

Existe uma epidemia mundial de miopia, mas não está claro se isso se deve ao maior tempo de uso de celulares ou à exposição prolongada à luz das telas. Todos devem fazer pausas se forem realizar uma longa jornada de trabalho com tela digital, para diminuir o olho seco, o lacrimejamento e a irritação. O uso de colírios lubrificantes e filtro azul para os usuários de óculos também pode ajudar. No entanto, o mais importante são as atividades ao ar livre, para tomar sol e manter os níveis adequados de vitamina D.

Dra. Cilmara Giunco – Oftalmológista

CRM 59.914

 

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