Intimidade Teen

Educação Sexual dos filhos

A Importância de abordar sem tabus o assunto essencial à vida

 

Falar com o filhos sobre sexo sempre foi questão delicada para inúmeros pais, mas é essencial enfrentar tal conversa de forma franca e honesta. A falta de informação pode levar a problemas sexuais e emocionais a vida dos jovens, tornando crucial a participação dos pais no processo da compreensão. Nesta matéria, abordaremos como superar o constrangimento, a importância de não tornar a conversa formal, a utilização de exemplos e o cuidado para falar somente o necessário, bem como a necessidade de evitar julgamentos ao dialogar sobre sexo com os filhos. Para esclarecer essas questões, contaremos com depoimentos de profissionais da área de Educação Sexual e Psicologia.

Supere o constrangimento

Muitos pais sentem-se constrangidos ao abordar o tema do sexo com os filhos. No entanto, especialistas destacam que é essencial superar esse constrangimento para estabelecer um diálogo saudável sobre o assunto. A psicóloga Maria Silva CRP - 21/03439 ressalta: "Quando evitamos o assunto ou mudamos de canal durante uma cena de sexo, na televisão, transmitimos a ideia de que nos é um tema a ser evitado, criando um tabu em torno dele". Neste sentido, é fundamental estar aberto a oportunidades de conversar sobre sexo de forma natural, para que os filhos sintam-se confortáveis para discutir suas dúvidas e inquietações.

Não faça disso uma conversa formal

O momento de conversar sobre sexo não precisa ser uma reunião formal e nem de agendamentos sérios. A educadora sexual, Ana Rodrigues da Costa, sugere que os pais estejam disponíveis para os filhos em momentos adequados e confortáveis, como no quarto deles, criando um ambiente seguro e animado para a conversa. "Ao evitar formalidades, o diálogo torna-se mais leve e menos amedrontador para os jovens, que se sentirão mais à vontade de compartilhar suas dúvidas e experiências", explica Ana.

Tire o foco deles

Falar sobre sexo utilizando exemplos de outras pessoas pode ser uma estratégia eficaz para que os filhos sintam-se mais à vontade, ao tratarem do assunto. O sexólogo Pedro Martins destaca que "ao utilizar histórias de amigos, cenas de séries ou livros, os pais podem promover maior interação e compreensão dos jovens em relação ao tema, minimizando a timidez e o constrangimento". É fundamental que os filhos entendam que a experiência com o sexo é natural e que eles podem aprender com os fatos da vida de outras pessoas.

Fale apenas o essencial (claramente) Quando os filhos perguntam sobre sexo, é importante oferecer respostas adequadas à idade e à maturidade deles. "Não é necessário entrar em detalhes complexos quando uma resposta simples e objetiva já basta", destaca a sexóloga Laura Ferreira. Por exemplo, ao questionarem como os bebês são produzidos, uma resposta como "um homem coloca uma semente dentro da barriga da mulher" pode ser suficiente para a compreensão dos pequenos. Dessa forma, os pais evitam sobrecarregar os filhos com informações desnecessárias e prematuras para a idade deles.

Não julgue

Ao conversar sobre sexo com os filhos, é preciso agir com respeito e sem julgamentos. A Psicóloga Maria Silva CRP - 21/03439 enfatiza que "ao criar um ambiente acolhedor e livre de julgamentos, os filhos sentir-se-ão à vontade para expressar as opiniões e dúvidas, fortalecendo o vínculo de confiança entre pais e filhos". Evite fazer demais perguntas e menos crenças pessoais é fundamental para que os jovens sintam-se compreendidos e apoiados em suas escolhas e experiências.

Conversar com os filhos sobre sexo é um passo importante para prepará-los para as complicações da vida adulta. Romper com os tabus e estigmas relacionados ao assunto é essencial para que eles desenvolvam uma visão saudável e consciente da sexualidade. A educação sexual, exercida de forma aberta e respeitosa, contribui para que os jovens tomem decisões controladas e responsáveis, evitando problemas futuros e promovendo uma sexualidade plena e segura. Afinal, é através do diálogo e da compreensão mútua que se constrói uma sociedade mais consciente e empática, no século 21.

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